quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Um bom estudo sobre dízimo




Rev. Carlos Alberto Tavares Alves

Na Igreja temos em Jesus Cristo o nosso modelo, o único exemplo a ser seguido. Trazemos aqui o parecer de Jesus sobre o dízimo: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Deveis fazer estas coisas e não omitir aquelas" (Mateus 23:23).
Jesus coloca diante de nós uma questão a ser considerada, quando critica o "farisaismo" dos judeus, por serem zelosos em apenas alguns dos aspectos da lei e negligenciarem outros não menos importantes. Ele nos ensina que a justiça, a fé e a misericórdia, apesar de fazerem parte da lei já eram uma realidade de Deus, mesmo antes do estabelecimento da lei. Jesus ensina a mesma coisa a respeito do dízimo (embora fosse parte da lei observada pelos judeus), que apesar do dízimo fazer parte da lei, é parte integrante da graça, pois ser dizimista é uma responsabilidade de amor, fé e fidelidade.
I - O DÍZIMO É UMA RESPOSTA DE AMOR, FÉ E FIDELIDADE
a) Amor: O cristão ama a Deus e a sua obra. Está comprometido com o ministério de Jesus Cristo, e por isso sente a responsabilidade de sustentar a Missão de Deus neste mundo. O dízimo é o mínimo que podemos colocar à disposição do Senhor para a manutenção e expansão da sua Obra. Ser dizimista é uma prova de amor a Deus, ao próximo e à obra de Deus.
b) Fé: O discípulo de Jesus é alguém de fé. Não teme o dia seguinte. Confia que o Senhor é poderoso para suprir todas as suas necessidades (Filipenses 4:19). Porque crê, se dispõe a colocar o dízimo dos seus rendimentos à disposição da Igreja de Cristo, que é o seu Corpo, para que a causa do Senhor tenha recursos necessários para sua expansão. Crê na vitória do Evangelho, crê na evangelização do mundo, crê na ação do Espírito Santo através da Igreja.
c) Fidelidade: O Mestre espera de nós, seus discípulos, fidelidade. Fidelidade em tudo: no testemunho, na prática cristã e também no sustento de seu ministério. A Igreja é continuadora do ministério de Jesus. Os pastores são os obreiros separados pelo Senhor para guiar o seu povo.
A única maneira lícita de sustentar o Ministério de Jesus é através do dízimo, e Ele espera que os seus seguidores sejam fiéis na entrega dos dízimos à Igreja, para que ela possa cumprir fielmente a sua missão, que é: "Participar da ação de Deus no seu propósito de salvar o mundo."
II - O DÍZIMO É VOLUNTÁRIO, METÓDICO E PROPORCIONAL
a) Voluntário: EM 2Coríntios 9:7 lemos: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração...". O dízimo como forma de contribuição do cristão para a obra da missão do Reino de Deus, deve como o Apóstolo Paulo descreve, ser voluntário. Resultado de uma decisão consciente e livre.
Temos muitos exemplos de homens, que no passado tiveram esta experiência, dentre eles podemos citar Jacó, que voluntariamente deliberou ser dizimista (Gênesis 28:20-22).
b) Metódico: O Cristão deve ser metódico em todos os seus atos. Especialmente no que diz respeito ao sustento da missão do Reino de Deus. O Apóstolo Paulo orientou a Igreja com relação ao levantamento de ofertas, quando escreveu aos Coríntios ( leia 1Coríntios 16:2). A orientação do Apóstolo era no sentido de que fosse escolhido o primeiro dia da semana (domingo) como dia certo para contribuição financeira.
A contribuição não deve ser apenas esporádica para suprir uma determinada necessidade, mas sistemática, para que haja "mantimento" e "fartura" na casa de Deus (Malaquias 3:10 e Atos 4:34). O dízimo é o método recomendado, por ser o mais apropriado. Por ser um sistema perfeito em que há mérito e ordem.
c) Proporcional: Na segunda parte do texto de 1 Coríntios 16:2, o Apóstolo Paulo diz o seguinte: "...cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade". A contribuição cristã tem de ser sempre proporcional ao que a pessoa ganha. Ainda que o dízimo é o melhor método, pois além de facilitar o estabelecimento de proporcionalidade, equipara todos os membros da comunidade. Quando todos contribuem com o dizimo dos seus ganhos, todos ficam no mesmo pé de igualdade.
III - O DÍZIMO É UMA BÊNÇÃO PARA O DIZIMISTA
"Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo Ele prometido, não o fará? Que tendo falado, não cumprirá?" ( Números 23:19). Vimos que o dízimo é uma questão de fé. Sobretudo, fé na Palavra de Deus. Dentre as suas muitas promessas, destacamos três:
"Trazei todos os dízimos à Casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida" ( Malaquias 3:10).
"Tornou Jesus: em em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmão, ou irmã, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães. pais, filhos e campos, com perseguições; e no mundo por vir a vida eterna ( Marcos 10:29-30).
"E isto afirmo: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará. Deus promete fazer-nos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra..." (2Coríntios 9:6-8).
No texto de Malaquias, o Senhor promete abrir as janelas do céu e derramar bênçãos sem medidas sobre a vida do fiel dizimista. Em Marcos, o Senhor Jesus promete dar cem vezes mais àqueles que deixarem tudo por amor a Ele e a seu evangelho. E em 2 Coríntios o Apóstolo Paulo coloca diante de nós uma questão lógica: "Quem semeia pouco, colhe pouco. Quem semeia muito, colhe muito." Não tenho notícia de ninguém que tenha passado fome ou tenha empobrecido por ter feito o voto de ser dizimista. Pelo contrário, a notícia que temos é que Deus sempre cumpre as suas promessas para com estas pessoas.
Você, pode escolher: ser dizimista e entregar a sua vida ao Senhor, pois sabemos que só pode ser cristão, aquele que verdadeiramente confia nas promessas de Deus; ou continuar como está, e quando o Senhor vier para o "acerto de contas", ouvir dele as seguintes palavras: "servo mau e negligente... lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes" ( Mateus 25:26-30).

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