terça-feira, 30 de agosto de 2011

Duvidas sobre a trindade, um exelente estudo sobre o assunto

A Trindade
Quando Jesus se apresentou como o Messias, Deus encarnado, criou um grande escândalo. Embora judeus e cristãos adorassem ao mesmo Deus, os judeus não-cristãos não aceitavam que o Deus do Antigo Testamento fosse qualquer coisa além de uma única pessoa divina. Aí vem Jesus e afirma que ele também é pessoa divina, e ainda fala do Espírito Santo como uma terceira pessoa divina...A crise foi geral.
 Foi Jesus quem falou do Deus Trino. Ou seja, não havia três Deus, mas um só Deus. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo eram três pessoas divinas que formavam pela comunhão e mutualidade um só Deus.
 Os cristãos, é importante ressaltar, não deixaram de ser monoteístas (crentes na existência de um só Deus vivo e verdadeiro, adoradores de um só Deus), mas creram em Jesus e nos seus ensinamentos. Os cristãos confessavam ser monoteístas, mas era um monoteismo trinitário (três em um). Ou seja, acreditavam num único Deus; mas esse único Deus era uma comunidade formada por 3 pessoas divinas: Pai, Filho e Espírito Santo.
 João Wesley, pastor fundador da Igreja Metodista, teólogo e um dos grandes avivalistas do século XVIII, dizia sobre a Trindade: "Há três que dão testemunho no céu; e esses três são um; creio também neste fato... Que Deus é três em um. O modo pelo qual ele é três e ao mesmo tempo um, não compreendo... mas nesse modo está o mistério de Deus". E também: "Não seria um absurdo negar o fato porque não entendo o modo?".
A tarefa da teologia:pensar a fé.
Na medida em que o movimento cristão crescia e alcançava o mundo greco-romano (gentílico), foi sendo necessário explicar e explicitar essa fé trinitária: como três pessoas divinas podem ser um único Deus? Começaram a surgir muitas explicações (teologias) e algumas delas negavam a divindade de Jesus e do Espírito Santo e outras eram contraditórias com o que o texto Bíblico ensinava.
O gnosticismo negava que Jesus fosse humano. O arianismo afirmava que Jesus não era eterno, não era igual a Deus e era um ser criado por Deus. O adocionismo afirmava que Jesus era um homem que foi adotado como Filho por Deus durante o seu batismo. O nestorianismo afirma que Jesus numa hora era Deus e noutro era homem... e por aí vai.. Todas essas explicações foram consideradas não verdadeiras com o ensino de Jesus e foram condenadas como heréticas pelos Concílios Ecumênicos.
A trindade no Novo Testamento
Em lugar nenhum da Bíblia existe a palavra Trindade ou a expressão "Deus Trino". O que existe é Jesus e os seus seguidores falando de um único Deus formado por três pessoas divinas e falando das pessoas divinas com seus atributos divinos.
Como exemplo, alguns poucos textos bíblicos:
 
 "...Jesus, saiu logo da água... e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: este é o meu Filho Amado..." (Mt 3:16-17).
 "E eu (Jesus) rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador" (Jo 14:16). "...mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (Jo 14:26)
 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Mateus 11:27 
 "...Jesus, saiu logo da água... e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: este é o meu Filho Amado..." (Mt 3:16-17).
 "E eu (Jesus) rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador" (Jo 14:16). "...mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (Jo 14:26)
 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Mateus 11:27
A Trindade para os Metodistas
Como sabemos, o Metodismo foi um movimento de cunho espiritual que desejava uma reforma na Igreja Anglicana do século XVIII. Tal qual aconteceu com o cristianismo dentro do judaísmo, o metodismo foi perseguido e expulso de dentro da Igreja Anglicana, tornando-se assim uma Igreja autônoma. João Wesley, o fundador do movimento metodista, condensou os artigos de fé da Igreja Anglicana, redigindo os 25 artigos de Fé do Metodismo, uma das bases doutrinárias da fé metodista. Os quatro primeiros dos 25 Artigos de Religião do metodismo histórico, que abordam a Santa Trindade, afirmam:
1º - "Há um só Deus vivo e verdadeiro, eterno, sem corpo nem partes; de poder, sabedoria e bondade infinitos; criador e conservador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Na unidade desta Divindade, há três pessoas de mesma substância, poder e eternidade - Pai, Filho e Espírito Santo.
2º - "O Filho, que é o verbo do Pai, verdadeiro e eterno Deus, da mesma substância do Pai, tomou a natureza humana no ventre da bendita Virgem, de maneira que duas naturezas inteiras e perfeitas, a saber, a divindade e a humanidade, se uniram em uma só pessoa para jamais se separarem, a qual pessoa é Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que realmente sofreu, foi crucificado, morto e sepultado, para nos reconciliar com seu Pai e para ser um sacrifício não somente pelo pecado original, mas , também, pelos pecados atuais dos homens."
3º - "Cristo, na verdade, ressuscitou dentre os mortos, tomando outra vez o seu corpo com todas as coisas necessárias a uma perfeita natureza humana, com as quais subiu ao Céu e lá esta até que volte a julgar os homens, no último dia."
4º - "O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, é da mesma substância, majestade e glória com o Pai e com Filho, verdadeiro e eterno Deus".
A Igreja Metodista lançou uma carta pastoral do Colégio dos Bispos Metodistas intitulada"O Espírito Santo e o movimento carismático", onde reafirma a fé no Deus trino revelado e anunciado por Jesus. Também em um outro importante documento chamado "Plano para a Vida e Missão da Igreja Metodista", a Igreja reconhece que a Missão é de Deus (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) e também que "O Metodismo proclama que o poder do Espírito Santo é fundamental para a vida da comunidade da fé, tanto na piedade pessoal como no testemunho social (Jo 14:16-17). Somente sob a orientação do Espírito Santo pode a Igreja responder aos imperativos e exigências do Evangelho, transformando-se em meio de graça significativo e relevante às necessidades do mundo (Jo 16:7-11; At 1:8, 4:1-20).
Ou seja, aceitamos a herança trinitária da Igreja construída ao longo dos séculos, por entendermos que ela de fato expressa leal e teologicamente os ensinos de Jesus Cristo e de todas as Sagradas Escrituras.
Rev. Ronan Boechat de Amorim, pastor da Igreja Metodista em Vila Isabel, Rio de Janeiro

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Um bom estudo sobre dízimo




Rev. Carlos Alberto Tavares Alves

Na Igreja temos em Jesus Cristo o nosso modelo, o único exemplo a ser seguido. Trazemos aqui o parecer de Jesus sobre o dízimo: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Deveis fazer estas coisas e não omitir aquelas" (Mateus 23:23).
Jesus coloca diante de nós uma questão a ser considerada, quando critica o "farisaismo" dos judeus, por serem zelosos em apenas alguns dos aspectos da lei e negligenciarem outros não menos importantes. Ele nos ensina que a justiça, a fé e a misericórdia, apesar de fazerem parte da lei já eram uma realidade de Deus, mesmo antes do estabelecimento da lei. Jesus ensina a mesma coisa a respeito do dízimo (embora fosse parte da lei observada pelos judeus), que apesar do dízimo fazer parte da lei, é parte integrante da graça, pois ser dizimista é uma responsabilidade de amor, fé e fidelidade.
I - O DÍZIMO É UMA RESPOSTA DE AMOR, FÉ E FIDELIDADE
a) Amor: O cristão ama a Deus e a sua obra. Está comprometido com o ministério de Jesus Cristo, e por isso sente a responsabilidade de sustentar a Missão de Deus neste mundo. O dízimo é o mínimo que podemos colocar à disposição do Senhor para a manutenção e expansão da sua Obra. Ser dizimista é uma prova de amor a Deus, ao próximo e à obra de Deus.
b) Fé: O discípulo de Jesus é alguém de fé. Não teme o dia seguinte. Confia que o Senhor é poderoso para suprir todas as suas necessidades (Filipenses 4:19). Porque crê, se dispõe a colocar o dízimo dos seus rendimentos à disposição da Igreja de Cristo, que é o seu Corpo, para que a causa do Senhor tenha recursos necessários para sua expansão. Crê na vitória do Evangelho, crê na evangelização do mundo, crê na ação do Espírito Santo através da Igreja.
c) Fidelidade: O Mestre espera de nós, seus discípulos, fidelidade. Fidelidade em tudo: no testemunho, na prática cristã e também no sustento de seu ministério. A Igreja é continuadora do ministério de Jesus. Os pastores são os obreiros separados pelo Senhor para guiar o seu povo.
A única maneira lícita de sustentar o Ministério de Jesus é através do dízimo, e Ele espera que os seus seguidores sejam fiéis na entrega dos dízimos à Igreja, para que ela possa cumprir fielmente a sua missão, que é: "Participar da ação de Deus no seu propósito de salvar o mundo."
II - O DÍZIMO É VOLUNTÁRIO, METÓDICO E PROPORCIONAL
a) Voluntário: EM 2Coríntios 9:7 lemos: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração...". O dízimo como forma de contribuição do cristão para a obra da missão do Reino de Deus, deve como o Apóstolo Paulo descreve, ser voluntário. Resultado de uma decisão consciente e livre.
Temos muitos exemplos de homens, que no passado tiveram esta experiência, dentre eles podemos citar Jacó, que voluntariamente deliberou ser dizimista (Gênesis 28:20-22).
b) Metódico: O Cristão deve ser metódico em todos os seus atos. Especialmente no que diz respeito ao sustento da missão do Reino de Deus. O Apóstolo Paulo orientou a Igreja com relação ao levantamento de ofertas, quando escreveu aos Coríntios ( leia 1Coríntios 16:2). A orientação do Apóstolo era no sentido de que fosse escolhido o primeiro dia da semana (domingo) como dia certo para contribuição financeira.
A contribuição não deve ser apenas esporádica para suprir uma determinada necessidade, mas sistemática, para que haja "mantimento" e "fartura" na casa de Deus (Malaquias 3:10 e Atos 4:34). O dízimo é o método recomendado, por ser o mais apropriado. Por ser um sistema perfeito em que há mérito e ordem.
c) Proporcional: Na segunda parte do texto de 1 Coríntios 16:2, o Apóstolo Paulo diz o seguinte: "...cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade". A contribuição cristã tem de ser sempre proporcional ao que a pessoa ganha. Ainda que o dízimo é o melhor método, pois além de facilitar o estabelecimento de proporcionalidade, equipara todos os membros da comunidade. Quando todos contribuem com o dizimo dos seus ganhos, todos ficam no mesmo pé de igualdade.
III - O DÍZIMO É UMA BÊNÇÃO PARA O DIZIMISTA
"Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo Ele prometido, não o fará? Que tendo falado, não cumprirá?" ( Números 23:19). Vimos que o dízimo é uma questão de fé. Sobretudo, fé na Palavra de Deus. Dentre as suas muitas promessas, destacamos três:
"Trazei todos os dízimos à Casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida" ( Malaquias 3:10).
"Tornou Jesus: em em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmão, ou irmã, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães. pais, filhos e campos, com perseguições; e no mundo por vir a vida eterna ( Marcos 10:29-30).
"E isto afirmo: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará. Deus promete fazer-nos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra..." (2Coríntios 9:6-8).
No texto de Malaquias, o Senhor promete abrir as janelas do céu e derramar bênçãos sem medidas sobre a vida do fiel dizimista. Em Marcos, o Senhor Jesus promete dar cem vezes mais àqueles que deixarem tudo por amor a Ele e a seu evangelho. E em 2 Coríntios o Apóstolo Paulo coloca diante de nós uma questão lógica: "Quem semeia pouco, colhe pouco. Quem semeia muito, colhe muito." Não tenho notícia de ninguém que tenha passado fome ou tenha empobrecido por ter feito o voto de ser dizimista. Pelo contrário, a notícia que temos é que Deus sempre cumpre as suas promessas para com estas pessoas.
Você, pode escolher: ser dizimista e entregar a sua vida ao Senhor, pois sabemos que só pode ser cristão, aquele que verdadeiramente confia nas promessas de Deus; ou continuar como está, e quando o Senhor vier para o "acerto de contas", ouvir dele as seguintes palavras: "servo mau e negligente... lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes" ( Mateus 25:26-30).

Apostolos?


Palavra  do Bispo Paulo Lockmann


Texto> Atos 1 e 2.

1.      Para não dizer que não falei de Apóstolos.



Virou moda em nosso meio o surgimento do conceito Apóstolo. E num uso totalmente anti-bíblico e equivocado na premissa e no conteúdo. Por quê? Porque o ministério apostólico não se caracteriza notoriamente como exercício de poder ou  mesmo como conceito hierárquico. Hoje, nenhum dos que se consideram Apóstolos correspondem ao que se exigia de um Apóstolo. Lembremos que eles não ficaram em Jerusalém governando a Igreja, mas foram espalhados pelo mundo para pregarem de cidade em cidade sem casa, sem ter onde reclinar a cabeça, constituídos como ministério missionário. Por favor, examine com cuidado Mateus 10, onde Jesus dá conteúdo ao que deveria ser a natureza do ministério dos "Apóstolos-Enviados".

Não é isto que vemos hoje Apóstolos são na maioria presidentes e donos de Igrejas e Ministérios, não correspondem o perfil estabelecido por Jesus em Mateus 10.

Voltarei ao assunto mais adiante no estudo do texto.



2.      A história literária de Atos dos Apóstolos



a)      Do Evangelho a Atos



Quem se depara com a obra de Lucas, o Evangelho e o livro de Atos dos Apóstolos, se dá conta de estar diante de um mestre que levava sua fé e ministério com seriedade. Ao começar a escrever, ele já nos aponta isso: "Visto que houve muitos que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram [...] igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído." (Lc 1. 1-4). Na sua disposição de falar do Evangelho, ele respeita o trabalho dos que o antecederam, e enfatiza que a revelação é para ser pesquisada, refletida e ordenada, para que os cristãos cheguem à certeza das verdades.

Na continuação em Atos, ele reforça isso, dizendo o porquê de estar escrevendo de novo, pois escrevera o primeiro livro acerca do que Jesus fizera e ensinara, "até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas" (At 1. 2).

Na verdade, Lucas descreve a revelação do nascimento de Jesus ao nascimento da Igreja, da missão de Jesus à missão da Igreja; ele mistura, em doses sábias, revelação e história, promessa e cumprimento.



b)      Os Atos do Espírito Santo

O nome Atos dos Apóstolos não foi posto neste livro bíblico por Lucas.  Alguns autores afirmam que Atos foi visto perante a Igreja primitiva como continuação do evangelho, e lido em seqüência, como aliás a introdução nos dá a entender. A verdade é que, mesmo sem ter recebido o nome do seu autor, praxeis apostolon = atos dos apóstolos foi o nome consagrado pela Igreja a partir do século II, isso possivelmente por comparação com os grandes generais do mundo greco-romano, como Alexandre, o qual teve suas praxeis escritas por Colístenes. Atos eram crônicas bibliográficas, o que não é bem o caso de Atos dos Apóstolos, pois não está preso a uma só pessoa, a não ser que  esta seja o Espírito Santo. Hoje, há quem chame de Atos de Pedro e Atos de Paulo, ou ainda Atos do Espírito Santo, enfatizando que  o sujeito histórico que move o livro é o próprio Espírito de Deus, e isso após o Pentecostes, pois é o Espírito, o poder dado à Igreja, para a missão, e anunciado por Jesus no início do livro.  (cf. At 1. 8).



3.      A Eclesiologia Missionária



O primeiro capítulo do livro de Atos dos Apóstolos, na verdade, é uma introdução  ao livro, que sublinha a relação promessa (a vinda do Espírito Santo) com cumprimento (o dia de Pentecostes), isso pode ser comprovado pelas expressões: "... determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes" (At 1.4). "Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos, e para todos os que ainda estão longe... " (At 2. 39).

Neste capítulo, há uma clara estrutura eclesiológica, que podemos perceber nos seguintes detalhes:



2.a.  A Igreja tem um único Senhor = Kirios, e isso em confronto com o outro Kirios, ou seja o imperador romano. Trata-se de um conceito base, o fundamental da religião e comunidade cristã nascente: "Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?" (At 1. 6)

Afirmar que a Igreja tem Jesus Cristo como  único Senhor é dar à cristologia um lugar decisivo na forma de ser da Igreja e em sua missão. Isso nos ajuda a equilibrar eclesiologia (doutrina da Igreja) e missiologia (doutrina da missão), garantindo que a base da Igreja e de sua missão está no Senhor Jesus Cristo, e anunciar a Ele e seu reino é o objetivo da missão e a razão de ser da unção do Espírito. (cf. At 1. 8).



2.b. A Igreja se apoia na  autoridade do Messias e Filho de Deus, Jesus, o qual constituiu um colégio de apóstolos. Isso está evidente quando no verso 1.13 se declara que o grupo ante o qual foi Jesus elevado aos céus e aos quais entregou a grande comissão e mandado missionário, eram exatamente os onze que restaram após a traição de Judas. Esse grupo escolhido por Jesus é recomposto em doze componentes, com a escolha de Matias. Desse modo, somos herdeiros do ministério dos Apóstolos; nosso ministério se apóia em Jesus, o Senhor, e na fé dos apóstolos. É bom sublinhar que não existe mais biblicamente apóstolo como função-colegiado, título, na Igreja; digo isso porque alguns andam se arvorando no direito de serem apóstolos. Lembram como Paulo reivindicou esse título? (1 Co 9 1-2; 1 Co 15.7-9; 2 Co 12.12). Título que era dado somente aos que haviam visto Jesus em carne, e recebido dele o mandado missionário: "... não sou apóstolo? Não vi a Jesus, nosso Senhor?..." (1 Co 9.1). Noutro sentido, mais geral, toda a Igreja é composta de apóstolos e apóstolas, pois apóstolo no sentido não organizacional, ou de princípio de autoridade, mas no sentido ministerial, significa "enviado", A Igreja é apostólica, porque é herdeira da fé dos Apóstolos, mas também porque, como eles, fomos enviados(as) ao mundo. Sendo assim, a Igreja, só é Igreja se for missionária, estiver no envio ao mundo, indo ao encontro do povo e de suas necessidades. Aqui pode-se afirmar também que toda a Igreja é discípula de Jesus. Somos enviados (apóstolos), para anunciar o que de Jesus aprendemos (discípulos), assim a Igreja é discípula e discipuladora. Por isso, como Igreja Metodista no Brasil, estamos enfatizando o discipulado, para, através de grupos familiares (grupos pequenos), refletirmos sobre a fé herdada dos Apóstolos, e sobre o compromisso missionário que daí nos vem.

Esta eclesiologia missionária é inclusiva, comunitária, a Koinonia = comunhão, que é a marca da vivência de Jesus com os apóstolos, como a marca da Igreja após a ressurreição e o Pentecostes; a fé é da comunidade, e o dom do Espírito e seus carismas, dons espirituais, são dados à Igreja. Assim, a missão também é de todos, pois ela acontece na vivência dos dons e ministérios de toda a Igreja. (cf. Atos 2. 42-47 e 4. 32-35)



Bispo Paulo Lockmann

A Graça não é barata!
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           
Todos aqueles que reconheceram seus pecados, e confessaram, foram alcançados pela graça que salva através do precioso sangue de Jesus. Realmente não fizemos esforço nenhum para ter a salvação, não paguei nenhum preço, não depositei, não parcelei em 15 X, mas ganhei, algumas pessoas por não ter pago nada, e não sabendo do valor do presente que passou a usufruir, fazem coisas que é estranha ao evangelho, pessoas que por ter recebido a graça e esta vivendo na dispensação da graça agem de forma vergonhosa, e dizem Deus não vai me condenar por ter feito isso, ou Ele não vai dizer nada pelo que estou fazendo, Ele é gracioso! E continuam fazendo e praticando coisa abomináveis aos olhos do Senhor, a graça não me da o direto da libertinagem e sim a liberdade, é totalmente diferente. A cruz foi o pagamento que Jesus fez, nós estávamos devendo e Ele pagou nos colocando em liberdade, mas essa liberdade é coisa séria, faça valer à pena o  alto  preço que Jesus pagou por cada um de nós.
Rev. Samuel Luiz

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O que você faz com seu computador?

As redes sociais feitas para trair

Serviços estrangeiros que oferecem recursos propícios a quem busca uma relação extraconjugal aportam no Brasil. E atraem até solteiros

Rafael Sbarai
Traição Traição (Joanna Glab/Hemera/Getty Images)
Nos últimos três meses, aportaram no Brasil três redes sociais com uma proposta inusitada: facilitar a traição conjugal. Juntas, a canadense Ashley Madison, a americana Ohhtel e a holandesa Second Love contam com cerca de 12 milhões de usuários ao redor do mundo. No Brasil, já reuniram mais de 500.000 pessoas – 70% são homens –, interessadas em aventuras facilitadas pelos mecanismos próprios desses sites. Por exemplo: os serviços garantem que os movimentos de seus usuários jamais deixam rastros. "A internet potencializa fantasias de relações fugazes. A esse ambiente, esses novos serviços adicionam uma blindagem, que esconde interessados e os encoraja a buscar aventuras", afirma a psicóloga Margareth Volpi, fundadora do instituto Volpi & Pasini, explicando a rápida disseminação dos serviços no país.
O paulistano Paulo*, de 33 anos, casado há cinco, está cadastrado no Ohhtel há dois meses. Nesse período, fez contato virtual com 25 mulheres – segundo dados do Ashley Madison, em média, um homem se comunica com 20 mulheres por mês, enquanto elas interagem com 11 homens no mesmo período. A partir de uma das investidas virtuais, encontrou uma mulher que lhe chamou a atenção. "Logo descobrimos gostos parecidos", diz. Até agora, a afinidade propiciou três encontros às escondidas. "Busco uma história passageira. Não pretendo me separar, pois tenho um carinho enorme por minha mulher e nosso filho." Faz ecoar uma máxima do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, sempre provocador: "Entre o desquite e a traição, é preferível a traição, mil vezes a traição." Continue a ler a reportagem
Preço da infidelidade

Sigilo é o pilar dos serviços de relacionamento extraconjugais. Nome, fotos e dados de contato são, por padrão, considerados ultrassecretos e só se tornam visíveis a outro cadastrado com consentimento do proprietário do perfil. É o inverso do mecanismo vigente no Facebook, por exemplo, onde (quase) todos os dados da conta são públicos, até que o usuário decida o contrário. O Ashley Madison oferece ainda um último recurso, a ser usado em situações emergenciais, ou seja, quando o usuário comprometido está prestes a ser apanhado pela mulher (ou pelo marido, no caso delas): o botão do pânico. O recurso apaga, de forma definitiva, os registros relativos a uma conta que possam comprovar a passagem de uma pessoa pela rede. Mais: faz uma varredura nas caixas de mensagens de pessoas que foram alvo do assédio eletrônico do usuário acossado, apagando textos, fotos e vídeos enviados por esse cadastrado. Em tese, é o fim da marca de batom no colarinho.
A privacidade é também o que diferencia esses serviços das tradicionais redes de dating, criadas para propiciar encontros amorosos entre pessoas (supostamente) solteiras. Nos sites de dating, é normal que homens e mulheres exponham logo seus principais atributos. Um close de rosto, por exemplo, é obrigatório – imagens do corpo, é claro, também podem ser decisivas para o sucesso da paquera –, além de outras informações de identificação pessoal. Supõe-se que ninguém ali tem algo a esconder.
A aproximação em sites como Ashley Madison, Ohhtel e Second Love, por outro lado, segue o caminho tortuoso das relações proibidas. Usuários têm acesso a informações gerais sobre os demais participantes – idade, sexo, cidade de resiência e dimensões físicas. Nomes e imagens dificimente estão disponíveis – a menos, é claro, que alguém queira tornar público o caso, mas lhe falte coragem... Só quando demonstra interesse por um perfil específico é que o usuário demanda informações, passando a recebê-las de acordo com a vontade da contraparte. Galerias de fotos privativas estão entre atrações favoritas. "Nesses serviços, você se expõe com menos medo, já que, ao menos nos primeiros contatos, vive num mundo à parte, uma fantasia virtual. O usuário pode se definir como quiser: duvido que ele teria coragem de reproduzir na vida real algumas das ações feitas ali", afirma Isabel Cristina Gomes, professora do Instituto de Psicologia da Universide de São Paulo (USP).
A ideia de criar ambientes virtuais dessa natureza é mais antiga do que a mais popular rede social do planeta, o Facebook. Ela surgiu há exatos dez anos, na cabeça do canadense Noel Biderman, até então empresário esportivo, que percebeu que casos extraconjugais na era da internet obedeciam a um padrão: sempre vinham à tona devido a escorregões digitais – mensagens de texto esquecidas em celulares ou em sites de relacionamento. Nascia o Ashley Madison, que deve faturar 60 milhões de dólares neste ano. Nos Estados Unidos, Biderman é uma celebridade mal vista. Já tentou até veicular uma propaganda de seu negócio durante a transmissão do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano, evento mais visto na história da TV. Ouviu um "não" como resposta dos organizadores, que alegaram que o produto promove a promiscuidade. Recentemente, ajudou a ventilar o boato de que pretendia contratar como garoto-propaganda o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, que há cerca de quatro meses revelou que tivera um filho com a empregada e agora enfrenta um bilionário processo de divórcio. "Ele já faz um grande trabalho para aumentar a popularidade do tema adultério", desconversou Biderman, em entrevista ao site de VEJA, durante passagem pelo Brasil. Continue a ler a reportagem

A migração dos serviços para o mercado brasileiro é fruto de uma pesquisa sobre sexualidade na América Latina que excitou os executivos estrangeiros. De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Tendências Digitales, o Brasil registra os maiores índices de infidelidade do subcontinente. Cerca de 60% das mulheres revelaram ter sido infiéis a namorados ou maridos. Entre os homens, o valor é ainda maior: 70%.
A paulistana Roberta*, de 30 anos, casada há quatro, tenta alimentar a estatística. Cadastrou-se há três semanas em dois serviços: Ashley Madison e Ohhtel. Até o momento, foi abordada por vinte homens casados. Ela diz que decidiu ingressar no serviço após descobrir que era traída pelo marido. "De repente, me descobri ao lado de um companheiro infiel e com uma criança no colo. É claro que recebi o tradicional pedido de perdão, mas, desde então, decidi buscar aventuras. Espero ter em breve meu primeiro encontro", afirma.
Casados como Roberta e Paulo estão nas redes de traição conjugal. Mas, como quase tudo na internet, são as ondas de usuários que dão forma aos serviços, e não exatamente a intenção de seus criadores. Exemplo disso é que já é fácil encontrar solteiros flanando pelas páginas dos novos sites. Retratos em close, dados pessoais à vista, depoimentos... bingo! Eis um solteiro em busca também de uma aventura. "Acredito que esse grupo percebeu que há uma facilidade ali para se relacionar com outras pessoas. Na verdade, esses sites são compatíveis com o jogo descompromissado de alguns solteiros", afirma Isabel Cristina, da USP.
(*) Todos os nomes são fictícios.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O cântaro


Cântaro da Vergonha

Esta semana recebi uma ministração maravilhosa de minha amiga e Missionária Claudete, ela ministrou em João 4 (quatro), o texto da mulher do poço.
Aquela mulher andava nas ruas com o cântaro em um horário que não era normal, ela era rejeitada pela comunidade por conta de sua situação, ela vivia com maridos de outras mulheres, por esse motivo ela ia pegar água no poço só na ausência de outras pessoas no local, aquele cântaro lhe denunciava, mostrava seu pecado, era como um autdoor ambulante, com luzes de neon que dizia “sou pecadora”, muitas vezes estamos assim, com  os nossos cântaros  da vergonha, sabemos que temos que largar, mas inserimos aquele utensílio em nosso cotidiano, muitas vezes nem gostamos deles, mas eu nasci assim, vou viver assim, e não me importo com o que as pessoas vão dizer, se eles quiserem falar comigo tudo bem, se não  eu não estou nem ai, Jesus diz a ela, que a água que ela iria beber mudaria aquela situação de exclusão étnica   e de pecado, Jesus mostra que durante sua vida ela tomou água que não mata a sede da alma, mas Ele sim tinha esta água especial, neste diálogo a mulher entende a profundidade da palavra de Jesus, ela tira da sua vida aquele cântaro da vergonha, que expunha seu pecado, deixa ao pé do mestre e vai falar aos outros de sua nova vida,  se você esta assim a anos e décadas saiba que o mestre tem água boa para você.
 Rev. Samuel Luiz

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Deus cuide de nós!

 

 Como pastor e cristão que sou, poderia ficar alegre com este possível dia destinado para os héteros, mas vejo que estamos caminhando para um fundamentalismo, e possíveis cruzadas da moral e bons costumes, eu não sei o que Deus quer com tudo isso, mas sei  que Ele vai cuidar de nós que somos chamados de menina dos olhos!

Rev. Samuel Luiz

 

EM SÃO PAULO FOI APROVADO O DIA DO ORGULHO HÉTERO

Câmara de SP aprova Dia do Orgulho Hétero


A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça-feira (2) o projeto de lei 294/2005, do vereador Carlos Apolinário (DEM), que institui, no município, o Dia do Orgulho Heterossexual. O projeto depende apenas de sanção do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para virar lei.

Parte dos 39 vereadores presentes se manifestou contra o projeto, mas como não houve pedido de votação nominal a posição não foi considerada.

No semestre passado, o impasse em torno desse projeto impediu os vereadores de votar outros projetos individuais. Para superar o impasse, houve acordo pela aprovação nesta terça-feira.

O texto propõe que a data deverá ser comemorada todo terceiro domingo do mês de dezembro. O projeto estabelece que a data passará a constar do calendário oficial do município e afirma que caberá à Prefeitura de São Paulo “conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”.

Autor do projeto, o vereador Carlos Apolinário afirmou que o projeto não é contra a comunidade gay. “Faço um apelo pelo respeito à figura humana dos gays”, afirmou. Apolinário disse que o projeto foi apenas uma forma de se manifestar contra “excessos e privilégios” destinados à comunidade gay. Ele afirmou que um dos privilégios é a realização da Parada LGBT na Avenida Paulista enquanto a Marcha para Jesus foi deslocada para a Zona Norte da cidade.

Principal adversário do projeto, Ítalo Cardoso lamentou a decisão da Câmara, mas disse que não pediu votação nominal desta vez para não impedir a tramitação do projeto. “Se pedisse (votação nominal), o projeto não passaria. Cada vereador deve ser responsável pelo que vota”, afirmou.

Antes da votação, Cardoso exibiu aos vereadores um vídeo com a reportagem sobre o pai que foi agredido em uma festa no interior de São Paulo apenas porque estava abraçado ao filho. Os agressores confundiram os dois com um casal gay.

Após a votação, ele criticou o projeto. “Não sei no que esse projeto ajuda. A Parada LGBT não é privilégio. A culpa de a Marcha ter sido transferida da Avenida Paulista não é culpa dos gays nem responsabilidade dos gays”, afirmou. Segundo o vereador, gays ainda são discriminados em São Paulo em imobiliárias, feiras, dentro do ônibus e em delegacias.

Manifestaram-se contra o projeto a bancada do PT, formada por 11 vereadores, dois vereadores do PC do B e, individualmente, os vereadores Claudio Fonseca (PPS), Claudio Prado (PDT), Gilberto Natalini (sem partido), Juscelino Gadelha (sem partido), Roberto Tripoli (PV) e Eliseu Gabriel (PSB).

Fonte:G1

segunda-feira, 1 de agosto de 2011


Dificuldade com o Dízimo?

Hoje há uma grande discussão em nosso ambiente Cristão sobre o dar ou não o dízimo, é lei ou graça?
Vou tomar como base o capítulo 23 de Mateus, Jesus faz uma radiografia dos Fariseus e mestres da lei, a grande pedra no caminho de Jesus foram estas pessoas religiosas, eles tiveram sua importância na história do povo Judeu, guardaram a lei, e as tradições religiosas de um povo.
Mas agora Jesus começa mostrar a eles o que de fato é primordial, Jesus começa levantar algumas questões, ao qual tem engessado a religião naqueles dias, Jesus diz coisas que não é muito bom escutar, mas ele diz, sem medo, sem receio, mas com autoridade, leia o capítulo 23 com um olhar cristão e você vai entender o que estou dizendo.
E o dízimo? Algumas pessoas ainda hoje em nosso meio protestante/cristão têm uma visão farisaica do dizimo, muitos acham que dar 10% todo mês já lhe garante o pedaço de terra no céu, mas dizimo vai muito mais além do que só estes simples 10% que damos, no Antigo Testamento o dízimo teve seu inicio para a manutenção do serviço no templo e obras sociais, como ajuda as viúvas e órfãos.
Algumas pessoas dão o dízimo hoje por obrigação, mas dar no Novo testamento vai muito mais além, o que adianta você dar seu dízimo e negligenciar outras coisas importantes, ajudar, repartir o que tem com o outro, sou contra o dízimo, sou a favor de dar com o coração, sou a favor de dar o dizimo como no novo testamento, que vai muito mais do que simplesmente 10%, os fariseus davam, mas não ofertavam sua misericórdia, um exemplo esta lá em atos capítulo 2 , quando a nova igreja doava ela repartia tudo com amor, não só uma pequena parte.
Reveja sua prática de dar
Rev. Samuel Luiz