sexta-feira, 25 de maio de 2012

O ESPÍRITO SANTO INTERCEDE POR NÓS E CONOSCO “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos” (Romanos 8.26-27). Essa pequena porção da Escritura tem me trazido muita dor de cabeça! Ela expressa verdades eternas, das quais suspeito que nos afastamos. Por outro lado, tem sido grande consolo: é por graça. Já sabemos que Jesus Cristo é o fundamento e modelo de nossas intercessões (João 17; Romanos 8.34; 1João 2.1-2). O Espírito é motivo de oração na vida da igreja (Lucas 11.9-13). Ele é promessa de nosso Senhor (Lucas 24.49; Atos 1.8; João 14.16-27; 15.26-27; 16.7-15; 20.19-23). E como disse o teólogo Jürgen Moltmann: “O clamor pela ajuda do Espírito já é ele próprio um clamor do Espírito”. Ou seja, sempre que oramos pedindo o Espírito Santo, é o Espírito que ora conosco. O Espírito Santo ora em nosso favor e através de nós. Isto é possível porque por meio dele temos o testemunho de filhos e filhas de Deus (Romanos 8.15-16). Nós e a criação gememos esperando a restauração de Deus (Romanos 8.18-25), e também o Espírito Santo. Quando se trata de oração somos ainda como crianças aprendendo a falar. Além disso, não temos a compreensão de todas as coisas. Nossas orações são com base naquilo que vemos e sentimos, dependentes de nossa compreensão. Por isso, necessitamos do Espírito Santo. E quando Ele ora por nós e conosco, não nos é possível descrever ou compreender sua linguagem, não temos como expressá-la em palavras humanas, "são gemidos inexprimíveis". O Espírito intercede por nós; Ele intercede conosco. Ainda que outro ser humano ore conosco e por nós, e devemos fazer orações uns pelos outros, é o Espírito Santo o grande intercessor. Portanto, que fique evidente que a resposta à oração não depende das características ou qualidades de quem ora. É o Espírito Santo, cuja mente o Senhor Deus conhece; no mistério eterno e amoroso da Trindade o Espírito intercede pelos santos e santas e segundo a vontade de Deus. A eficácia da intercessão depende do Espírito, e não de nós. Isto significa que ninguém precisa fazer sacrifícios para que nossas orações sejam ouvidas; não é necessário subir ao monte para que nossas orações sejam eficazes, nem levá-las a Jerusalém. A resposta à oração é sempre obra da graça e do amor incondicional de Deus. Não há nenhum mérito nosso nisto! Deus responde e atende ao pedido como um pai ao filho: sabe bem do que temos necessidade antes mesmo de pedirmos. Rev. Ivan Carlos Costa Martins

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Fazendo do nosso lar um Santuário 1) Edificando um Lar Cristão. O mês de maio é pródigo em temas pertinentes à caminhada missionária da Igreja. Além de família, temos o dia da experiência religiosa de Wesley e também o Pentecostes e outros tantos que não me veem à memória agora. Faço opção pelo tema família, isto por conta do que estamos vivendo no momento como famílias cristãs. Há ameaças à integridade bíblica da família. Por projeto da senadora Marta Suplicy, corre no Congresso Nacional proposta para que nos documentos pessoais não conste mais os títulos Pai e Mãe, mas só filiação, isto para não ferir os “casais” homossexuais. E isto é só um exemplo. Qual a orientação que precisamos segundo a Palavra de Deus? a) Reconhecer que um lar, uma família nos termos bíblicos supõe homem, mulher e filhos/as. Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea. Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles. Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea. Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Gn 2.18-24. É verdade que muitas famílias vivem sem a figura do pai, por diversos motivos. Sendo a sustentadora e mantenedora a mãe. b) Reconhecer que é a base para vida em sociedade. Pois, quando Deus disse: “Não é bom que o homem viva só! Para interromper a solidão do homem, Deus não cria outro homem, mas cria a mulher para sua companheira em todos os sentidos. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gn 1.27). Com isso, se forma o primeiro núcleo social - a família, isso como plano de Deus. Paternidade e maternidade são conceitos bíblicos fundantes da família. Os modelos buscados agora entre pessoas do mesmo sexo, podem ser tudo, menos família no padrão bíblico; contraria o propósito bíblico de família e, neste sentido, é pecado. c) Reconhecer que a união entre um homem e uma mulher visa à comunhão, união carnal e à procriação. Obviamente há exceção, na qual um casal, por razões diversas, não gera filhos/as. Mas o propósito bíblico é: E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. (Gn 1.28). Junto a isso, vêm várias coisas como companheirismo, cuidado mútuo, levar as cargas uns dos outros, e tantas outras que o casamento traz. d) Reconhecer que o casamento não é fruto apenas de uma atração física, ou de uma emoção romântica, mas de um amor que vem de Deus, que produz esta união, gerando uma aliança no altar. Por isso dizemos que é uma aliança a três: Deus, homem e mulher. Sim, uma aliança espiritual, que não pode ser quebrada sem consequências sérias para vida do homem, da mulher e dos/as filhos/as. Aliança que gera discipulado, caminhar com Deus na direção da maturidade em Cristo. O divórcio, embora consentido por Jesus, sob algumas condições, deixa claro: “Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério].” (Mt 19. 4-9). A única maneira de levar até o final a aliança do casamento é reportar diariamente ao fundamento da união entre um homem e uma mulher, Deus. Manter um momento devocional diário ou, no mínimo, semanal, onde buscam a presença de Deus, pedem perdão a Deus, e um ao outro. Amar é liberar perdão 70 x 7, ou seja, infinitamente: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mt 6.14-15); e “ Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por Ela...” (Ef 5.25). Sim, uma vivência intensa do discipulado. 2) Fazendo do nosso lar um Santuário. Como vimos no início, o lar, a família é o núcleo básico da sociedade. Ali, somos gerados, cuidados, alimentados, ensinados e disciplinados; em outras palavras: discipulados. Em nossas famílias, foram plantados sentimentos, ideias e comportamentos, como: temor de Deus, honestidade, lealdade, fidelidade, fé em Cristo, interesse pela Igreja, etc. Família onde as crianças veem o pai e a mãe orarem à refeição, lerem a Bíblia com eles, onde há com frequência um culto doméstico. Ali, se está edificando um santuário a Deus. Sementes da Palavra de Deus plantadas no coração dos filhos geram vidas abençoadas e tementes a Deus. Neste lar, precisa ser praticado o que vivemos na Igreja. Louvor que celebra o amor de Deus, Confissão que não se intimida em reconhecer erros e pecados, isso abre espaço a corações humildes e quebrantados, apelos, sim, nossos filhos/as devem ser confrontados a confessar os pecados e a receber a Jesus como Senhor e Salvador em casa: Por que não? Missões, nosso lar deve ser estimulado a contribuir e orar pelas missões e pelos missionários. Tudo com o propósito: “Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso. Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (I Pe 2.1-5); e “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” Cl 3.16. Bispo Paulo Lockmann