sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Esta Igreja é o sonho de todo líder


Ah se a minha igreja fosse um time de futebol...

...todo mundo participaria do culto, com a mesma vontade que participa de um jogo.

...todos vestiriam seu uniforme e não teriam vergonha disso.

...eu defenderia minha fé com uma paixão tremenda e seria fanático, a ponto de algumas pessoas quererem conhecer o Reino que eu promovo, e se encantariam pela torcida fanática, e por fim, se tornariam fanáticos também.


...a salvação de qualquer pessoa seria comemorada como um gol de placa.

...vibraríamos nossa vitórias e choraríamos nossas percas igualmente como fazemos com nossos clubes .

...não esqueceríamos da que acreditamos durante a semana, ao contrário acompanharíamos as novidades, conversaríamos a respeito e iríamos esperar ansiosos pela próxima oportunidade de ir na igreja, igualzinho queremos ir ao estádio.

...NUNCA nos cansaríamos de cantar, mesmo que tudo PAREÇA perdido, usaríamos toda nossa voz nisso.

...anunciaríamos a Santa Ceia, com a mesma alegria que comemoramos algum troféu passageiro.

...nunca iríamos nos esquecer e falaríamos dos milagres que Jesus fez, com o mesmo saudosismo e respeito que enchemos a boca pra falar do gol que nosso jogador favorito fez em sua última partida.

...não interessaria a hora da reunião, não interessaria nem mesmo quem estivesse lá, mesmo que eu fosse a única pessoa presente, vestiria minha camisa com orgulho.

...eu gritaria pro meu Deus -“Eu nunca vou desistir de Ti, porque eu te amo!” . Mesmo que o elenco da igreja não fosse do melhores e sempre pisasse na bola.

...as diferenças entre os torcedores cairiam por terra. O rico, o pobre, o negro, o branco, a mulher, o homem, a criança e o idoso, todos estariam UNIDOS, não importando o ENDEREÇO pra gritar o único nome que realmente importa.

Se a minha igreja fosse um time de futebol, todo domingo ia ser uma festa, as pessoas iriam estar alegres só por estar lá, esperançosas porque o Salvador do time vai entrar em campo. As pessoas levariam suas famílias, e comentariam no caminho como nosso time é bom (mesmo que esteja passando um momento de luta) e se alegrando nos grandes momentos e glórias do passado.

A minha Igreja não é um time de futebol, ela é muito mais que isso, ela deve mostrar de forma eternamente mais forte, a UNIÃO de pessoas diferentes por algo muito maior que elas, que as faz gritar, enlouquecer, vibrar e querer mais, sem ter uma gota de vergonha disso.

Querer mais do nosso Senhor Jesus.


cristao-praticante

sábado, 3 de dezembro de 2011

Um reflexão bem atualizada sobre o valor da escola dominical

A Escola Dominical ainda é necessária?







Em tempo de descartáveis, somos sempre instigados a substituir coisas. Para que serve um pen drive de 4 Gb se você pode ter um de 32 Gb? Para que usar um netbook se a gente pode ter um ipad? Para que uma Bíblia em papel se agora notebooks podem ser usados no púlpito? Talvez ao se deparar com este texto você pense que o autor dessas linhas, no mínimo, não gosta de tecnologia ou desconhece as facilidades promovidas por ela.

Em parte, preciso revelar que não dou conta da velocidade com que os avanços tecnológicos nos arrebatam. No entanto, considero-me uma pessoa que lida bem e usufrui da tecnologia. Então o que quero com essas perguntas iniciais? Apenas salientar que as inovações a que estamos expostos diariamente não perpassam apenas o mundo do trabalho, mas estão por toda a parte e vão deixando seu rastro, forjando novos caminhos, momentos e questionamentos.

Seria nova a pergunta “A Escola Dominical ainda é necessária?”. Acho que não. Acredito que esse questionamento seja tão antigo quanto o surgimento do Fax e do videogame Atari e tenha sido refeito ao longo do tempo.

Diante dessa questão, muitas pessoas, influenciadas pela era da informação virtual, podem acionar seu antivírus e logo respondem taxativamente: “Claro que sim! A Escola Dominical é necessária sim!” Outras, mais ávidos por novidades tecnológicas, acreditam que uma resposta negativa a tal pergunta pode representar o surgimento de alguma inovação, de mais um software. Por isso, respondem: “Ela não é necessária. Está na hora de atualizar, de substituí-la por algo mais moderno”.

Confesso que por muitas vezes me inclui no primeiro grupo. Mas resolvi investir um tempo e pensar nessa pergunta. Os mais afoitos diante dos meus questionamentos me sugeriram pesquisar no Google. Afinal não é esse o dicionário mais repleto da atualidade? Contudo, resolvi acessar outros caminhos e percebi que a tal questionamento cabem as duas respostas: não e sim. Em tempos eleitorais, talvez essa afirmativa possa sugerir uma tendência política que não quer tomar partido, mas não se enganem. Para que não pairem dúvidas, passo a explicar.

Uma Escola Dominical não é mais necessária quando se quer apenas manter o tradicionalismo, preencher um horário, transformá-la num reduto de saudosismo, desconectado com a vida, com a atualidade. Nesse sentido, sou a primeira a afirmar que a Escola Dominical não é mesmo necessária. O melhor é saber que ainda que existam algumas escolas dominicais assim, não é esse o modelo que impera. E as que existem podem e deve se transformar.

Quando penso que a Escola Dominical é fundamental para perpetuar a tradição, fortalecer a identidade, ser um espaço reservado e específico para a educação cristã; quando reconheço que ela é um instrumento para as pessoas questionarem os sistemas de dominação e morte que nos circundam e analisarem a vida à luz dos valores do Reino de Deus, das verdades do Evangelho, concluo que ela é necessária sim!

Em tempos líquidos e fugidios, a Escola Dominical se apresenta como um sólido e permanente espaço de reflexão. Em tempos onde se valoriza o novo e o imediatismo, a Escola Dominical nos possibilita olhar para o passado, refletir sobre as experiências vividas e iluminar o presente, sem se fechar ao novo, ao sopro do Espírito de Deus, que nos anima e aninha.Em tempos onde o individualismo e a solidão proliferam na mesma medida em que as redes sociais são criadas, a Escola Dominical propicia um espaço de convivência, crescimento e fortalecimento de laços para nos ensinar que viver em comunidade é possível sem perder a individualidade.

Para tudo isso é que acredito que a Escola Dominical é necessária sim!

Andreia Fernandes, pastora na Igreja Metodista do Jabaquara / SP - 3a. RE
Coordenadora do Departamento Nacional de Escola Dominical