segunda-feira, 18 de junho de 2012

Depois de ser batizado no Espírito Santo e de ter sido expulso da Convenção Batista Brasileira por isso, eu passei 18 anos viajando pelo Brasil inteiro, quase sempre de ônibus, levando a Renovação Espiritual.

Pr. Enéas Tognini “Essa igreja é um marco na capital paulista” Numa época em que as pessoas de 50 anos eram consideradas idosas, ele, aos 67, abriu mão da aposentadoria e do merecido descanso para deixar que o Senhor cumprisse, através da sua vida, mais um de seus propósitos. Responsável pelo movimento de Renovação Espiritual no nosso país, fundador da Convenção Batista Nacional e do Seminário Teológico que leva o seu nome, presidente da Sociedade Bíblica do Brasil, por anos, e atual presidente de honra da SBB, um dos maiores avivalistas desta nação... (O currículo não caberia aqui – melhor ler a biografia). Pr. Enéas Tognini é um dos homens mais respeitados e reverenciados no meio evangélico, inclusive, pela Convenção Batista Brasileira, que, um dia, o excluiu dos seus quadros. No dia 17 de janeiro de 1981, ele iniciou os trabalhos da Igreja Batista do Povo e, para que todos nós pudéssemos usufruir da excelente estrutura que a nossa sede nos oferece hoje, ele trabalhou aqui sem receber nada durante um ano e abriu mão de qualquer aumento no seu modesto salário de pastor, nos 18 anos seguintes. Enquanto esteve à frente da igreja, o Pr. Enéas plantou cinco congregações, que hoje ainda existem, como igrejas independentes: São José dos Campos, Vila Pauliceia, em São Bernardo do Campo; Diadema, Jardim São Paulo e Vila Granado. Para ele, estar presente na comemoração dos 30 anos da IBP é um presente de Deus. Para nós, poder desfrutar da companhia de um homem usado pelo Senhor como poucos e que fez muito pelo Evangelho neste país, é um privilégio. Conheça um pouco da história do nosso pastor fundador e emérito! Boa Palavra: Fale um pouco das Caravanas Enéas Tognini. Pr. Enéas Tognini: Depois de ser batizado no Espírito Santo e de ter sido expulso da Convenção Batista Brasileira por isso, eu passei 18 anos viajando pelo Brasil inteiro, quase sempre de ônibus, levando a Renovação Espiritual. Se a Renovação Espiritual neste país, hoje, é uma realidade, é porque um homem se sacrificou por isso... Nessa época, eu pensava que, se um dia tivesse que organizar uma igreja, ela seria à semelhança da de Oswald Smith, no Canadá, que era a Igreja do Povo. Eu acrescentei o nome Batista, Batista do Povo. Boa Palavra: E o trabalho na Casa de Portugal? Pr. Enéas Tognini: Esse era um trabalho muito grande e durou 15 meses, sustentado pelo Pr. Olavo. Tivemos um programa, na Rádio Gazeta, para o Brasil inteiro, por 13 meses. Depois de um ano na Casa de Portugal, o Pr. Olavo comprou um terreno na Rua Domingos de Morais, onde, no dia 17 de janeiro de 1981, começamos a Igreja Batista do Povo, com 14 membros. Boa Palavra: Como foi o crescimento da igreja? Pr. Enéas Tognini: O crescimento foi rápido, numa só sessão recebemos 42 pessoas por transferência. Chegamos a ter 800 membros, sem contar os das congregações. Éramos cerca de 500 pessoas, quando o Pr. Jonas chegou. Boa Palavra: Quais as principais dificuldades no início? Pr. Enéas Tognini: Primeiro legalizar a Escritura, que pagamos em prestações. Depois veio a reforma. O templo não comportava mais tanta gente. Nossa estrutura tem 80 estacas de concreto com 22 metros cada uma. Isso tudo custou muito dinheiro. Não tínhamos um tostão para fazer nada, fizemos tudo pela fé. Falei aos membros: vamos construir, mas não vamos mexer com dinheiro de banco, porque a dívida vai multiplicando e chega uma hora que não dá mais para pagar. Tínhamos um grupo de irmãos que contribuía bem. Eu trabalhei um ano sem salário... Essa casa tem muito dinheiro nosso, o nosso salário permaneceu o mesmo por anos. Arranjamos uma construtora que não fazia muita questão de dinheiro. A construtora era de um estranho, mas foi Deus quem mandou. Levamos oito anos para construir o templo. Boa Palavra: Antes da IBP, o senhor tinha sido pastor de quais igrejas? Era um desafio plantar uma nova igreja? Pr. Enéas Tognini: Foi um grande desafio, mas íamos vencendo. Eu era diretor do Colégio Batista de Perdizes, diretor da Faculdade Teológica Batista e pastor da Igreja Batista de Perdizes – todas organizações da Convenção Batista Brasileira (CBB). Eu tinha três salários... Mas o Senhor me chamou para largar tudo e, depois que fui batizado no Espírito Santo, comecei a viajar pelo país. Aqui, passei um tempão ganhando um modesto salário, sem aumento. Quando o Pr. Jonas chegou, ele aumentou o meu salário e hoje é o que me ajuda bastante, porque com o que o governo me dá, não dá para viver. Boa Palavra: Que pastores auxiliaram o senhor na IBP? Pr. Enéas Tognini: Pr. Luiz Henrique, Pr. Autilino Batista, Pr. Ronald Farias, Pr. Alceu Scriptori e Pr. José Carlos da Silva, que é o atual presidente da Convenção Batista Nacional. Quando o Pr. Jonas chegou, eu não tinha mais auxiliar. Boa Palavra: Quais foram as suas principais realizações à frente da IBP? Pr. Enéas Tognini: Além do templo construído , o Seminário Teológico e a Escola Bíblica Dominical. Chegamos a ter mais de 400 alunos na EBD, no meu tempo. Boa Palavra: Que marcas o senhor imprimiu na IBP? Pr. Enéas Tognini: A mensagem da Palavra e a evangelização. Boa Palavra: Foi difícil para o senhor, que sempre esteve à frente, passar a ser ovelha? Pr. Enéas Tognini: Tive uma depressão que durou três meses, mas passou. Eu entreguei a igreja para o Pr. Jonas e não dou mais palpites. Eu disse à igreja: Se o Pr. Jonas aceitar o nosso convite, ele vai dirigir a igreja com a cabeça dele e não com a minha. Boa Palavra: O Pr. Jonas sempre elogia a sua postura, dando total autonomia a ele. Por que o senhor decidiu agir assim? Pr. Enéas Tognini: A idade foi chegando e eu tinha que entregar a igreja. Então, entreguei. Ele assumiu e eu nunca falei nada, sempre me submeti, entreguei mesmo, acabou-se. Eu nunca dei trabalho ao Jonas. Eu o apoiei em tudo o que ele fez. Tudo aqui mudou e eu tenho que apoiar. Sou submisso. Boa Palavra: Como e pelo o que o senhor gostaria que a IBP fosse reconhecida? Pr. Enéas Tognini: Pela Renovação Espiritual. Boa Palavra: O que gostaria de ter feito e ainda não foi possível fazer ou Deus não permitiu? Pr. Enéas Tognini: Eu queria uma igreja com bastante gente e o Jonas conseguiu. Também queria muitas congregações, levar a igreja aonde há um núcleo de pessoas. Em São Paulo as distâncias são grandes e a condução é cara. Qual é a sua emoção em estar aqui nesta comemoração de 30 anos? Pr. Enéas Tognini: Eu entreguei o pastorado da igreja, depois de 19 anos, porque já estava velho, com 88 anos. O Pr. Jonas está fazendo um trabalho de continuação do meu trabalho e está firme aqui em São Paulo. Essa igreja é um marco na capital.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Quem tem dado rumo a juventude do Brasil?

Quem tem dado rumo a juventude do Brasil? Quem tem sido referência para os meninos e meninas que crescem numa velocidade absurdamente alta, alimentados pela Rede Globo de Televisão, programas com conteúdo violento e pornográfico e músicas altamente maliciosas? Não que eu seja mais um falso moralista querendo aparecer na falha alheia, mas os fatos que tenho presenciado nos últimos dias têm me deixado estarrecido e decidi que não posso me calar diante de tamanha falta de ação e descaso da Igreja. Faz algum tempo já, estava assistindo um show de rock, quando supostamente aconteceu uma briga e o artista que estava se apresentando parou o show e começou a discursar sobre a situação violenta que vive o Rio de Janeiro, e de repente ele mudou o discurso xingando o suposto “brigão” e falando de dez palavras, nove palavrões. Pensei comigo: “… a galera deve ter ficado chocada, esse cara que antes tava falando de paz, agora um minuto depois, vomita xingamentos de todo tipo contra os participantes do tumulto, nego vai vaiar ele…” Para minha surpresa, não espanto, mas surpresa, todos os presentes começaram um coro a favor do artista e logo depois xingaram em uníssono a galera da briga (filha da…) e tudo isso em rede nacional, transmitido por um grande canal de TV por assinatura. Pensa que acabou aí? Nada disso logo após esse espetáculo bizarro, o cantor puxa um coro de apologia ao uso da maconha dando mostra que não tem o mínimo senso de cidadania e ética, visto que o problema-mor do Rio de Janeiro quanto a violência é o tráfico de drogas. Para encerrar ele desmoralizou a governadora do Estado e o Secretário de segurança da época citando a seguinte frase: “Haverá um tempo em que rosinhas e garotinhos serão apenas flores e criancinhas” e terminou fazendo uma pesquisa pedindo que todos os jovens que não concordem com o governo do Rio levantem as duas mãos… É claro que todos os jovens sem exceção levantaram as duas mãos e se pudessem levantariam os pés também. É o fim… A coisa já não anda bem, e ainda vem um camarada alienado, fora da realidade do povo, que vive trancado em seu mundinho de “Viva o Rock” querer ensinar aos jovens o que fazer e como fazer política. Anarquista e nem sabe o que é anarquia, comunista, e nem sabe o que é comunismo, roqueiro, e nem sabe fazer musica! Apresentadores de televisão de qualquer emissora convocam para seus debates psicólogos, ginecologistas e especialistas em questões ligadas ao sexo, todos liberais e de vez em quando, convocam um religioso para servir de “Cristo” no meio deles. Defendem em debates calorosos o sexo livre, e afirmam que para que você se case, é preciso que você experimente seu parceiro para saber se ele é compatível com você. Masturbação então é piada, faz bem para o seu autoconhecimento e é super saudável, dizem os especialistas. A questão da homossexualidade não é mais tabu, mas uma simples questão de opção, se você se sente assim então experimente, quem sabe você se encontra tendo uma experiência com uma pessoa do mesmo sexo? Líderes evangélicos que levam o jovem a crer que a felicidade está em tudo o que é material, e que ser bem sucedido é ter o melhor emprego, ganhar o maior salário, namorar a mulher mais bonita e galgar o maior lugar dentro da denominação. Deturpam o evangelho e sua mensagem de amor, todos os dias matam milhares de jovens no Brasil todo sem disparar um tiro, mas desferindo potentes golpes contra as almas que famintas vem se render inocentemente a Jesus e encontram um falso profeta vestido de anjo de luz. Se o conceito de vitória hoje em dia é esse descrito acima, eu não quero mais vencer, antes prefiro ser um derrotado e nesse ponto eu tenho que concordar com uma grande banda de rock nacional que é recomendada para quem curte um bom som alternativo chamada Los Hermanos e o trecho da música diz assim: “Eu que já não quero mais ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor!” E no mais, tudo na mais santa paz! por Pr. Márcio de Souza articulista do Gospel Prime